sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Insights Econômicos, por Pedro Paulo Bramont, Dr.

Todo mundo sabe de que o Brasil precisa para decolar:

alívio e simplificação da carga tributária,

redução dos gastos do governo => redução da taxa de juros => redução dos gastos com juros da dívida pública interna => redução dos gastos do governo

alívio e simplificação na CLT e

melhora na infra-estrutura: portos, estradas e aeroportos,

só para citar os principais.

Mas há vários nós górdios nesse caminho e não vemos nenhuma iniciativa real por parte do executivo nem tão pouco por parte do legislativo.

Continuamos na base do go-stop-go.

E o tempo passando!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Projeto PIB

O Projeto Perspectivas do Investimento no Brasil visa a estudar as tendências dos investimentos nos setores da economia brasileira. Abaixo segue o link para o estudo do setor de Energia


http://www.projetopib.org/index.php?p=documentos

Luz para todos? por Delfim Netto

Os argumentos de quem condena o aproveitamento da energia dos rios amazônicos ignoram as reais mudanças que
as hidrelétricas produzem, seja a preservação do meio ambiente, seja o bem-estar da população nas regiões beneficiadas

O Brasil é, seguramente, levando-se em conta as economias que alcançaram um nível importante de desenvolvimento, o País que tem a matriz energética mais “limpa” do planeta. Alcançamos um nível de utilização de 40% de energia renovável, enquanto nos demais países “civilizados” a oferta dessa energia não atinge, em média, 10% do consumo. Talvez muitos brasileiros não se deem conta da importância disso e, mais ainda, da necessidade de continuarmos investindo de maneira correta para ampliar a oferta de energia limpa que vai sustentar o crescimento nos próximos anos.

Sabemos que o aprendizado da Geografia e o estudo da História já tiveram melhor ibope em nossas escolas. É triste ler em publicações estrangeiras dissertações de brasileiros que se apresentam como “ativistas ambientais” condenando o aproveitamento da energia dos rios amazônicos. Usam argumentos que ignoram as reais mudanças que as hidrelétricas produzem, seja para a preservação correta do meio ambiente e mais ainda para o bem-estar e sustento econômico dos habitantes das regiões beneficiadas.
Os segmentos mais lúcidos da sociedade e do governo vêm conseguindo, no entanto, superar as resistências infantis à utilização da energia hídrica e dão suporte à substituição dos combustíveis campeões das emissões de dióxido de carbono. E também no particular, somos o único país importante a agir para criar as condições de redução efetiva dos efeitos dessas emissões.

Isso nos deixa numa situação relativamente confortável nos debates sobre a proteção do meio ambiente, mas é apenas uma parte do problema. A humanidade envolve-se em longas discussões de enorme complexidade que raramente levam ao consenso e que tendem a gerar nas mentes mais generosas e ingênuas a ideia de soluções simples, às vezes radicais e, geralmente, erradas.
Uma disposição mínima para avançar num entendimento permitiria aos países explorar conjuntamente alguns caminhos, como por exemplo: 1. Insistir em investimentos, em escala planetária, no desenvolvimento das tecnologias (na nova revolução industrial em curso) que permitam aumentar a produção de bens e serviços com menos liberação de CO2, na linha do que já acontece quando usamos o etanol em lugar da gasolina. 2. Desenvolver mecanismos capazes de extrair da atmosfera e armazenar o dióxido de carbono. 3. Selecionar os investimentos em pesquisas sérias para tentar conhecer melhor as demais causas e transmitir os ensinamentos de forma a obter a adesão das populações em escala global.

Pode-se dizer que, antes do advento da internet, uma coordenação dessa natureza seria impossível. Já não é. Ela possibilitará, eventualmente, mudar o viés de cinismo dos governos dos países mais desenvolvidos que se comportam (com poucas e honrosas exceções) anunciando a “vontade política” de enfrentar o problema do aquecimento global, mas sempre evitando assumir compromissos antes de cumprirem prazos de carência que variam entre 25 e 50 anos!

A China exige mais 30 anos de desenvolvimento robusto, sem ter de aceitar metas de combater o “efeito estufa” (quer dizer, renunciar em grande parte à utilização da energia fóssil, carvão em primeiro lugar) se isso puder resultar em redução dos níveis de crescimento necessário para absorver as tensões sociais derivadas da crescente urbanização que acompanha o progresso industrial.
Nos Estados Unidos houve avanços desde o fim da “era Bush”, com os programas de Obama de incentivo à pesquisa de processos e à produção de combustíveis alternativos que reduzam a poluição, mas tudo lá anda um tanto emperrado, ainda em função dos embaraços deixados pela crise financeira e, atualmente, em razão da fragilidade política do presidente.
Por sua vez, o Brasil demonstrou ao longo de sua história um comportamento superior ao da maioria dos países em termos de preservação ambiental, em benefício de toda a humanidade. Existem levantamentos recentes que comprovam a superioridade do tratamento do homem brasileiro, relativamente aos demais da espécie universal, na conservação da natureza e isso compreende os biomas mais importantes como o amazônico, o do Cerrado e o Pantanal de Mato Grosso.

fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/luz-para-todos