quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Artigo - GESEL

CASTRO, Nivalde José; Klagsbrunn, Victor Hugo. "O Processo de Integração Energética na América Latina - Perspectivas e Desafios Econômicos e Políticos". V Conferência Nacional de Política Externa e Política Internacional - 'O Brasil e o mundo que vem aí' - V CNPEPI. Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Rio de Janeiro, 28-29 de outubro de 2010.

O GESEL, através dos Prof. Nivalde J. de Castro e Victor Hugo Klagsbrunn apresentaram estudo sobre as perspectivas e desafios econômicos e políticos da integração energética na América Latina em evento organizado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil: V Conferência Nacional de Política Externa e Política Internacional - "O Brasil e o mundo que vem aí" - V CNPEPI realizado no Palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro nos dias 28 e 29 de outubro de 2010. Para acessar a versão integral do estudo, clique aqui.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Conta Corrente e Poupança Interna

Nesta coluna, Delfim Netto, com muita propriedade, dá uma aula de macroeconomia e história da economia brasileira.

Conta corrente e poupança interna

Para evitar o déficit em conta corrente estimulado pelo próprio crescimento, precisamos de poupança interna maior do que a endogenamente gerada por ele

Estamos hoje numa situação econômica e social muito melhor do que estivemos nestes últimos 30 anos. Os grandes fantasmas que sempre interromperam o nosso desenvolvimento (crise de energia, crise de financiamento do balanço em conta corrente ou, eventualmente, as duas juntas) parecem ter ficado para trás.

A grande crise de 1981/1983, cuja superação custou mais de 4% do PIB (e deixou uma destruição financeira no setor privado e no governo), foi, basicamente, produzida pela falta de suprimento interno de petróleo. Até o início dos anos 80 do século XX, importávamos 82% do petróleo que consumíamos. Com o dramático aumento dos seus preços, o valor das importações do produto cresceu de 600 milhões de dólares, em 1973 (9,8% das exportações), para 9,4 bilhões, em 1980 (46,6% das exportações), sendo responsável por 74% do nosso déficit em contas correntes desse ano. Esses fatos levaram a uma acumulação da dívida externa líquida (dívida total menos as reservas), que passou de 8,5 bilhões de dólares, em 1973, para 57,3 bilhões, em 1980.

Com o ajuste Volker nos EUA, em 1979, as facilidades de seu financiamento terminaram. Ele feriu de morte a ciranda que os petrodólares tornaram possível. Com ela, todos os países não produtores de petróleo contemporizavam seus déficits em conta corrente. O Brasil quebrou em 1981, mas não sozinho! Todo o mundo emergente sofreu o mesmo destino, inclusive os satélites da velha URSS, o que, aliás, marcou o começo do seu fim. Alguns analistas mal informados continuam a acreditar que foi o crescimento do Brasil em 1980 (9,2%) que produziu nossa crise. De fato, em 1979, o Brasil e o mundo começaram a cair em pedaços. Nem mesmo a conta dos juros das dívidas era financiável! O crescimento do PIB daqueles anos não exerceu qualquer papel, na margem, sobre as consequências dramáticas produzidas pelas contas externas. Isso mostra o quanto estão errados os economistas que continuam a sugerir que, se crescêssemos apenas 4% em 1979/1980 (crescemos 8%) para enfrentar a crise, ela não ocorreria: para eles, o Brasil era o peru que deveria ter morrido na véspera…

Nossa experiência não termina aí. Quebramos também no Plano Cruzado. Na octaetéride fernandista, acumulamos um déficit de 186 bilhões de dólares em conta corrente e quebramos mais duas vezes (1998 e 2002), a despeito das privatizações feitas às pressas para financiá-lo.

A partir de 2003, a situação mudou radicalmente, graças à rápida expansão da economia mundial, particularmente a chinesa, o que elevou a quantidade e os preços de nossas exportações, mas não a sua participação no total mundial. Em 1980/1984, ela era a mesma de hoje: 1,3%. A exportação chinesa, que em 1980/1984 era também de 1,3%, é hoje da ordem de 10%! Na verdade, por maiores que tenham sido os truques semânticos dos últimos governos, não se faz qualquer esforço exportador desde 1984. Pelo contrário, repetindo 1974 a 1978, sempre temos usado a taxa cambial como um instrumento oportunístico para combater a inflação.

Voltamos agora a acumular déficits em conta corrente, confiados em uma reserva cambial de 250 bilhões de dólares (em larga medida produzida por um diferencial de taxa de juros e, obviamente, insustentável) e na grave ilusão de que sendo o câmbio flexível, ele se ajustará calmamente. Todos sabemos que, se e quando, as expectativas se modificarem por qualquer motivo, o ajuste cambial será dramático e destruirá (mais uma vez) as finanças do governo e do setor privado. Isso está inscrito no fato saudado com alegria pelo nosso setor financeiro: “Os contratos de câmbio envolvendo o real em todo o mundo alcançaram 28 bilhões de dólares por dia em abril deste ano” (BIS, Trienial Central Bank Survey, Sept. 2010).

É preciso abandonar a discussão ingênua em torno das famosas identidades da contabilidade nacional (a única coisa realmente certa na teoria econômica). O déficit em conta corrente é mesmo apenas a diferença entre o nível do investimento e a da poupança interna, mas o que importa é a dis-cussão das variáveis cujo comportamento produz aquela identidade. Para garantir o crescimento precisamos do investimento. Para evitar o déficit em conta corrente estimulado pelo próprio crescimento, precisamos de poupança interna maior do que a endogenamente gerada por ele. Precisamos, mesmo, é de um bom sistema de poupança estável que permita o financiamento de longo prazo e de uma discussão sobre o papel do BNDES, como está sendo proposto agora pelo ministro Guido Mantega.

sábado, 18 de setembro de 2010

Desafios do setor energético para o futuro

O principal desafio do setor energético é expandir a oferta de energia e sujeito às restrições - políticas, econômicas e sociais - impostas pela necessidade de mitigar o aquecimento global.
Logo, o foco é:

- Priorizar setores com menor intensidade energética;
- Promover eficiência energética; e
- Difundir maior utilização de fontes de energias renováveis.

domingo, 5 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Artigo Prof. Nivalde de Castro

O artigo do coordenador do GESEL, Nivalde de Castro, chama atenção para como a invasão do Iraque pelos EUA serviu para que ocorresse uma revirada no cenário de energia internacional, marcada principalmente pela importância da segurança energética e pela busca de energias sem emissão de CO2 em razão do aquecimento global. No contexto do aumento dos preços de energia, o que se nota é uma volta da energia nuclear para esse cenário. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 20.08.2010)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Insight Econômico, por Pedro Paulo Bramont, Dr.

O câmbio!

O Brasil está no caminho certo .............para a vulnerabilidade externa por causa, dentre outras coisas, do real sobrevalorizado.

Isso tira a competitividade da exportações e beneficia as importações.

Alie-se a isso uma retração generalizada do mercado e está pronta a receita para uma crise cambial a médio prazo!

Quem viver, verá!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Seminário Integração Energética da América Latina


Seminário Integração Energética da América Latina

O GESEL vem desenvolvendo linhas de estudos sobre Integração Energética da América Latina. Um dos casos que estão sendo analisados é o da evolução recente do setor elétrico da Bolívia. O GESEL recentemente realizou curso sobre o modelo brasileiro para as 30 maiores autoridades do setor elétrico deste país, onde foi possível constatar o grande interesse em nosso modelo, com foco na possibilidade de desenvolvimento de projetos de integração.

Com o objetivo de conhecer melhor a experiência recente e as características dos setores elétrico do Brasil e da Bolívia, base de conhecimento imprescindível para que projetos de integração possam ser concretizados, o GESEL irá realizar dias 26 e 27 de julho o Seminário de Integração Energética Brasil - Bolívia no Rio de Janeiro. Terá a participação, já confirmada, do Vice-Ministro de Energia da Bolívia, e dos diretores gerais da Agencia Reguladora, Operador, Comercializador e Planejador do sistema elétrico e das principais empresas de energia elétrica, com destaque para a ENDE. Da parte do Brasil estarão presentes o Secretario Executivo do MME, Diretores da Aneel, EPE, ONS, Conselheiro da CCE e Superintendente do BNDES, destacando a participação do futuro Embaixador do Brasil na Bolívia.

Programação do evento.

Programação em Espanhol.

Para maiores informações, contatar o GESEL-UFRJ no telefone (21) 3873-5249 ou no e-mail gesel@nuca.ie.ufrj.br gesel@nuca.ie.ufrj.brl.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A integração elétrica no mercado europeu

Reproduzo abaixo um artigo mostrando que há pouca integração elétrica no continente europeu. Este artigo corrobora outro artigo que escrevi juntamente com o prof. Nivalde (GESEL/IE/UFRJ), que em breve postarei.


How integrated are European electricity markets?

June 15th, 2010 by Georg Zachmann, Research Fellow, Bruegel

Electrons passing through international electricity networks follow the complicated physics of meshed alternating-current grids and do not respect price-zone borders. Correspondingly, scheduling power plants on the basis of national prices without taking into account the real physical networks within and between countries makes it necessary for the system operator to take non-market measures to ensure system stability . This is illustrated by two obvious inefficiencies. First, cross-border transmission lines are rarely fully utilised despite persisting price differentials. Second, electricity very often flows from high- to low-price areas . Overall, the current system is light years away from the theoretically optimal use of European power plants and transmission lines that would characterise a fully functioning single energy market.

Despite institutional progress between 2005 and 2009 , we argue, using the case of the systemically important German market , that progress has been limited in the last five years. We base our claim on three observations:

First, prices in the countries that border Germany have not converged significantly with German prices, and high hourly price differentials were common between 2005 and 2009. In the electricity market as currently structured, decreasing differences between national hourly electricity prices could be a sign of greater market efficiency and/or increasing commercially available transmission capacity. However, Nitsche et al (2009) found that German electricity spot prices in 60-90 percent of instances differed by more than five percent from the price in almost all neighbouring countries. In addition, the absolute annual average price differences in 2009 for almost all of these market combinations exceeded their corresponding 2004 value9 . Thus, recent reforms have failed to produce a consistent reduction in price differentials that would point to increasing market integration.

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Second, price differentials are almost unrelated to capacity usage. In an integrated market, as long as lines are not fully used, the price differential should be zero while, as soon as congestion occurs (at full capacity), the price differential depends on the difference in marginal cost in both systems. In reality, however, electricity often flows against the price differential. In the German-Dutch case, electricity flowed from the high price area to the low price area for 49 percent of total hours in 2009 (Figure 1). At the German-French border this occurred for 46 percent of total hours. This illustrates the flaws of a system based on coupling large national zones that face internal congestion.

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Third, physical interconnections have not developed substantially in recent years. Figure 2 shows the net transfer capacities from and to Germany between 2005 and 2009. While the import capacity remained constant, the export capacity decreased by more than 15 percent. The absence of progress in Germany’s cross-border transmission capacity is representative of the EU-wide picture. Between 2005 and 2009, the average net transfer import capacity of all countries in the European transmission system decreased by more than 15 percent. This is mainly due to the need for increased security margins for cross-border trade because of growing shares of intermittent renewable production. Thus, decreasing availability of cross-border transmission for commercial operations becomes an increasingly limiting factor for market integration.

In conclusion, the remaining international price differentials, the insufficient response of electricity flows to price signals and non-increasing cross-border transmission capacity demonstrate that in the last five years progress towards a single market for electricity has been limited.

Georg Zachman, Research Fellow, Bruegel

P.S. Full document is available here.

domingo, 30 de maio de 2010

Insight Econômico, por Pedro Paulo Bramont, Dr.

Sabemos que não adianta, mas.....
Sabemos que não adianta, mas não custa lembrar: para o Brasil precisa urgentemente de reformas (tributária e trabalhista, principalmente).

A reforma tributária envolve redução da carga tributária, sua simplificação e um choque de desburocratização - pra se abrir uma micro-empresa, além de caro, é complicado.
Fechar então, nem se fala!
Conheço muita gente que não abre seu pequeno negócio por causa do custo e complicação - e da dificuldade de fechar, em caso de zebra.

Valem para a reforma trabalhista os mesmos comentários acima.
Muita gente não contrata gente pra ajudar (seja no negócio, seja no lar) por causa do custo e rigidez da CLT.
Um exemplo: se você precisa contratar alguém para serviços domésticos, num regime de 3 vezes por semana, tem de assinar carteira, com todos os encargos e complicações que isso acarreta.
Esse fato ocorreu recentemente com uma conhecida minha.
Alternativa sugerida a ela: contratar 2 pessoas, com cada uma trabalhando 2 vezes por semana (2 vezes por semana não precisa assinar carteira).
Decisão adotada: não contratar pessoa alguma - a possível patroa segue com uma sobrecarga de serviço e uma vaga de trabalho deixa de ser criada.


Last but not the least: lecionei numa universidade federal (com contrato, contra-cheque, desconto pro INSS e tudo o mais comprovado,devidamente entregue no INSS), mas o INSS não reconheceu ainda - vai fazer uma diligência para constatar isso.
Dei entrada no processo em janeiro deste ano (para validar esse tempo) - estamos entrando em junho e não tenho resposta ainda.

O INSS é federal, assim como a Universidade.
O cidadão aqui fez tudo certo e fica à mercê da boa vontade do INSS!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Artigos da Semana

CASTRO, Nivalde José de. DANTAS, Guilherme de A.. "O Planejamento do Setor Elétrico Brasileiro e o Contexto Mundial de Mudanças Climáticas". GESEL-IE-UFRJ. Rio de janeiro, maio de 2010.

O argumento central do artigo é o seguinte: embora o problema brasileiro relativo às emissões de gases do efeito estufa esteja relacionado à mudanças no uso da terra (emissões estas oriundas essencialmente do desmatamento), o setor energético, especialmente o setor elétrico que tem aproximadamente 90% de sua geração a partir de fontes renováveis, não pode ser alijado da discussão e das medidas a serem adotadas. Esta necessidade se baseia no fato de que a matriz energética brasileira precisa e pode permanecer com reduzida intensidade em carbono, evitando-se assim que as emissões brasileiras atinjam níveis insustentáveis. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. Para ler o texto em inglês, clique aqui.

IPEA. "Setor Elétrico: Desafios e Oportunidades". Série Eixos do Desenvolvimento Brasileiro, comunicado do IPEA n º 51. 20 de maio de 2010.

O estudo "Setor Elétrico: Desafios e Oportunidades" faz parte da série Eixos de Desenvolvimento. Os documentos sobre os eixos de desenvolvimento trazem um diagnóstico de cada campo temático, com uma análise da transformação de setores específicos e de suas conseqüências para o País. Esse, de n º 51, trata do SEB de uma ótica da instituição do novo marco regulatório para o setor na década de 1990 e das consequências da mudança. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Artigo Gesel: A volatilidade do PLD

LEITE, A. L. S.; CASTRO, N. J. ; TIMPONI, R. R. . “Preço spot de eletricidade: teoria e evidências do caso brasileiro”. In: IV Encontro de Economia Catarinense, 2010, Criciúma. IV Encontro de Economia Catarinense, 2010.

No que diz respeito ao setor elétrico brasileiro, ao contrário do que ocorre em outros países, não há ainda um mercado spot, de fato. É nesse sentido que esse artigo enfoca que no Brasil tem-se observado um aumento significativo do número de consumidores livres, parcialmente estimulado pelo preço de curto prazo, que até 2005 estava em patamares relativamente baixos. Porém, os autores observam que desde 2005 que o PLD tem sofrido significativa volatilidade e imprevisibilidade, tornando o mercado de curto prazo de eletricidade um ambiente caracterizado por elevado grau de incerteza. Assim, este artigo objetiva estudar a dinâmica do PLD. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

"Entrevista com Nivalde de Castro: 'Brasil camina hacia una matriz energética diversificada'". Energy Press. Maio de 2010.


De passagem pela Bolívia, para desenvolvimento de programa de integração energética entre aquele país e o Brasil, o coordenador do GESEL, Nivalde de Castro, deu entrevista ao periódico boliviano Energy Press, e falou sobre as alternativas para matriz energética brasileira. Segundo o Nivalde, é importante priorizar a participação hidroeletricidade por ser a forma de geração mais limpa e barata existente. Nivalde afirma que este deve ser o foco de paises que também contam com potencial hidroelétrico, como Bolívia, Peru, Colômbia. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Insight Econômico, por Pedro Paulo Bramont, Dr.


Eleições, Economia e Lógica.
Daqui pra frente, 2 assuntos dominam o noticiário: a Copa e as Eleições.
Assim, a Economia fica meio de lado nos noticiários - só aqueles muito interessados é que ficam antenados.
Mas mesmo os leigos ficam grilados ao confrontar declarações de nosso governo federal com fatos reais.
Um exemplo: o governo vem dizendo que a Economia do Brasil está muito bem, pois:
1- estamos até emprestando ao FMI e, agora, vamos entrar com algum no pacote de socorro à Grécia (alguns bilhões de US$).
2 -o governo quer implantar o Trem-Bala no eixo Rio-SP, onde o BNDES vai entrar com uma parcela considerável (algumas dezenas de bilhões de US$).
3 -o governo quer comprar aviões militares franceses, cujo preço de compra e manutenção é muito superior ao dos concorrentes (algumas dezenas de bilhões de US$)..
Até aqui, tudo bem!
Agora, como é que o governo diz que - se der 7,7% ao invés de 6,14% aos aposentados (coisa de pouco mais de 1 bilhão de reais ao ano) - o governo vai quebrar?
Quem tem dinheiro pra emprestar ao FMI é pq está com dinheiro sobrando!
Ou será que a Economia do Brasil não está tão bem assim?

Artigos de Economia

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. “O nível da taxa de juros”. Folha de São Paulo, São Paulo, 03 de maio de 2010. Dinheiro.

Luiz Carlos Bresser-Pereira analisa a alta dos juros na última reunião do Copom e revela não ser contra a política de alta ou baixa de juros que o Banco Central vem exercendo, mas sim contra os níveis nos quais o BC mantém a Selic, considerada por ele ainda muito alta. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

KUPFER, DAVID. “Eixos dinâmicos da inovação”. Valor Econômico, São Paulo, 05 de maio de 2010. Economia.

Esse artigo pretende mostrar de que forma o Brasil pode dinamizar sua atividade industrial na direção do desenvolvimento tecnológico. Para isso, o autor propõe três eixos de ação: mercado interno, aumento da disponibilidade de infra-estrutura e avanço da economia do conhecimento. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Concentração no setor elétrico

Segue um texto sobre concentração no setor elétrico.

PIRES, Adriano e HOLTZ, Abel. “A concentração do setor elétrico”. Estado de São Paulo, São Paulo, 22 de abril de 2010.

Adriano Pires e Abel Holtz constroem um pequeno panorama sobre os players do setor e a forma como a Eletrobrás está se movendo no sentido de se tornar uma parceira estratégica dos players privados. Os autores lembram também que o fato de que a regulação do mercado, cuja revisão de tarifas reduziu expressivamente as margens das empresas, é um dos motivos que levam a recomposição do setor no País. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Artigo Gesel


Considerações Sobre a Ampliação da Geração Complementar ao Parque Hídrico Brasileiro
Autores: Nivalde José de Castro, Roberto Brandao e Guilherme de A. Dantas.

Resumo:
As limitaçoes físicas e ambientais da expansao da matriz elétrica brasileira com base em hidroelétricas com grandes reservatórios tornam necessária a inserçao na matriz brasileira de fontes de energia com vocaçao para operarem na base no período seco do ano. Esta evoluçao demonstrada pelo estudo do GESEL, indica a necessidade de contrataçoes de fontes complementares a geraçao hidroelétrica.

Os autores Nivalde José de Castro, Roberto Brandao e Guilherme de A. Dantas analisam “as alternativas que o Brasil possui de realizar esta complementaçao de forma eficaz e a necessidade de uma visao integrada do setor de energia." O movimento recente, verificado com as contrataçoes de UTE nos leiloes de A-3 e A-5 realizados em 2006-2008 nao sao compatíveis com esta evoluçao e trazem um risco financeiro nao equacionado, derivado da forma de contrataçao por disponibilidade vinculada ao elevado custo variável .


domingo, 25 de abril de 2010

Nivalde de Castro sobre Belo Monte

Sábado, 24 de abril de 2010, 12h30

Fonte: Agência Brasil

Para especialista, Brasil precisa de uma Belo Monte por ano de energia

O crescimento da economia brasileira vai levar a um aumento no consumo de energia e o país vai precisar a cada ano de cerca de 4 a 5 mil megawatts de capacidade nova instalada. Isso equivale à quantidade de energia estimada para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que deverá entrar em operação em 2015. A avaliação é do coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Nivalde de Castro.

Para ele, o resultado do leilão de Belo Monte, realizado na última terça-feira, foi positivo porque a tarifa, de R$ 77,97 por megawatt-hora, é considerada boa para o consumidor brasileiro. "Essa usina, bem como as usinas de Jirau e Santo Antônio (no Rio Madeira, RO), vai reafirmar a matriz hidrelétrica brasileira, que é limpa, renovável e apresenta uma tarifa muito barata", diz.

Castro lembra que, em 2007 e 2008, quando o Brasil não tinha projetos de hidreletricidade para levar a leilão, por causa da paralisação dos estudos de inventário, o Brasil foi obrigado a contratar 7 mil megawatts de termelétricas a óleo, energia considerada mais cara e mais poluente. Para ele, o Brasil tem a melhor matriz elétrica do mundo.

Segundo Castro, as tentativas de barrar judicialmente a obra não terão sucesso. "É um empreendimento que o Brasil precisa, tem um peso muito importante para o desenvolvimento do país. Isso é o que move a AGU (Advocacia-Geral da União) para evitar qualquer imbroglio que venha a prejudicar a construção desse empreendimento".

A capacidade total instalada da usina será de 11,2 mil megawatts, mas a energia assegurada, ou seja, aquela que pode ser garantida, prevendo os períodos de seca, será de 4,5 mil megawatts médios.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Consórcio Norte Energia arremata usina de Belo Monte em leilão


Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Entenda o imbróglio jurídico dos últimos dias envolvendo o leilão
8 de abrilMPF do Pará entra com duas ações contra o editalda hidrelétrica. Uma diz que o documento fere os direitos indígenas e outra aponta falhas na concessão da licença ambiental por parte do Ibama
14 de abrilJustiça Federal do Pará analisa ação do MP sobre direitos indígenas esuspende edital, o que acarreta na suspensão do leilão
16 de abrilEm razão da liminar da Justiça, Aneel suspende leilão

AGU recorre e TRF derruba liminar que suspendia leilão

Aneel anuncia retomada do leilão
19 de abrilMPF do Pará protocola recurso contra cassação da liminar que suspendeu o leilão no processo dos direitos indígenas

Justiça Federal do Paráconcede liminar que suspende o leilão no processo que questiona a licença ambiental

Aneel volta a desmarcar o leilão

Justiça rejeita rever decisão de cassação da liminar no processo dos direitos indígenas
20 de abrilJustiça cassa liminar e libera novamente leilão de Belo Monte

Aneel remarca leilão e realiza a disputa

Nova liminar trava anúncio de vencedor de Belo Monte

Justiça de Brasília derruba liminar e libera divulgação do resultado

O consórcio Norte Energia, que tem participação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras, da Construtora Queiroz Galvão, da Galvão Engenharia e de outras seis empresas, arrematou, em leilão realizado nesta terça-feira (20), a usina de Belo Monte. A informação é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O outro consórcio que concorreu foi o Belo Monte Energia, formado pela construtora Andrade Gutierrez, pela Vale, pela Neoenergia. Nesse grupo, estavam ainda duas subsidiárias da Eletrobras: Furnas e Eletrosul.

O leilão foi conduzido com base no menor preço oferecido pela energia elétrica da usina. Deste modo, quem ofertasse o menor lance, pelo preço a ser cobrado, ganharia o direito de construir e, posteriormente, vender a energia elétrica de Belo Monte. O preço máximo definido pelo Ministério de Minas e Energia foi de R$ 83 por megawwatt hora. O consórcio vencedor se comprometeu com o preço de R$ 77,97 por megawatt hora. O deságio foi de 6,02%.

Belo Monte
Localizada no rio Xingu, no município de Vitória do Xingu (PA), Belo Monte será a segunda maior usina do Brasil, atrás apenas da binacional Itaipu, e custará pelo menos R$ 19 bilhões, segundo o governo federal. Há especulações, porém, de que a obra poderia custar até R$ 30 bilhões. O governo, porém, está oferecendo benefícios fiscais (desconto de 75% no pagamento do IR) aos compradores, além de empréstimo (80% da obra será financiada pelo BNDES).

Trata-se da segunda maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras do governo Lula. O prazo máximo para início da geração da primeira unidade é em fevereiro de 2015. A data limite para entrada em operação da ultima máquina é em janeiro de 2019.

Imbróglio na Justiça e manifestações
O processo só pôde ir adiante após liberação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Desde a semana passada, o leilão é alvo de imbróglio jurídico. O Ministério Público Federal do Pará entrou com duas ações civis públicas na tentativa de barrar a disputa.

Aneel encerra leilão de Belo Monte, mas não anuncia vencedor

Durou menos de dez minutos o leilão da hidrelétrica de Belo Monte, realizado nesta terça-feira (20) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Depois de um imbróglio jurídico, o leilão começou às 13h20. O vencedor, no entanto, ainda não foi anunciado.

Dois consórcios se inscreveram para o leilão. Um deles, chamado Norte Energia, tem participação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras, da Construtora Queiroz Galvão, da Galvão Engenharia e de outras seis empresas.

O segundo consórcio, chamado Belo Monte Energia, tem a construtora Andrade Gutierrez, a Vale, a Neoenergia. Nesse grupo estão duas subsidiárias da Eletrobras: Furnas e Eletrosul.