domingo, 25 de abril de 2010

Nivalde de Castro sobre Belo Monte

Sábado, 24 de abril de 2010, 12h30

Fonte: Agência Brasil

Para especialista, Brasil precisa de uma Belo Monte por ano de energia

O crescimento da economia brasileira vai levar a um aumento no consumo de energia e o país vai precisar a cada ano de cerca de 4 a 5 mil megawatts de capacidade nova instalada. Isso equivale à quantidade de energia estimada para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que deverá entrar em operação em 2015. A avaliação é do coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Nivalde de Castro.

Para ele, o resultado do leilão de Belo Monte, realizado na última terça-feira, foi positivo porque a tarifa, de R$ 77,97 por megawatt-hora, é considerada boa para o consumidor brasileiro. "Essa usina, bem como as usinas de Jirau e Santo Antônio (no Rio Madeira, RO), vai reafirmar a matriz hidrelétrica brasileira, que é limpa, renovável e apresenta uma tarifa muito barata", diz.

Castro lembra que, em 2007 e 2008, quando o Brasil não tinha projetos de hidreletricidade para levar a leilão, por causa da paralisação dos estudos de inventário, o Brasil foi obrigado a contratar 7 mil megawatts de termelétricas a óleo, energia considerada mais cara e mais poluente. Para ele, o Brasil tem a melhor matriz elétrica do mundo.

Segundo Castro, as tentativas de barrar judicialmente a obra não terão sucesso. "É um empreendimento que o Brasil precisa, tem um peso muito importante para o desenvolvimento do país. Isso é o que move a AGU (Advocacia-Geral da União) para evitar qualquer imbroglio que venha a prejudicar a construção desse empreendimento".

A capacidade total instalada da usina será de 11,2 mil megawatts, mas a energia assegurada, ou seja, aquela que pode ser garantida, prevendo os períodos de seca, será de 4,5 mil megawatts médios.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Consórcio Norte Energia arremata usina de Belo Monte em leilão


Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

Entenda o imbróglio jurídico dos últimos dias envolvendo o leilão
8 de abrilMPF do Pará entra com duas ações contra o editalda hidrelétrica. Uma diz que o documento fere os direitos indígenas e outra aponta falhas na concessão da licença ambiental por parte do Ibama
14 de abrilJustiça Federal do Pará analisa ação do MP sobre direitos indígenas esuspende edital, o que acarreta na suspensão do leilão
16 de abrilEm razão da liminar da Justiça, Aneel suspende leilão

AGU recorre e TRF derruba liminar que suspendia leilão

Aneel anuncia retomada do leilão
19 de abrilMPF do Pará protocola recurso contra cassação da liminar que suspendeu o leilão no processo dos direitos indígenas

Justiça Federal do Paráconcede liminar que suspende o leilão no processo que questiona a licença ambiental

Aneel volta a desmarcar o leilão

Justiça rejeita rever decisão de cassação da liminar no processo dos direitos indígenas
20 de abrilJustiça cassa liminar e libera novamente leilão de Belo Monte

Aneel remarca leilão e realiza a disputa

Nova liminar trava anúncio de vencedor de Belo Monte

Justiça de Brasília derruba liminar e libera divulgação do resultado

O consórcio Norte Energia, que tem participação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras, da Construtora Queiroz Galvão, da Galvão Engenharia e de outras seis empresas, arrematou, em leilão realizado nesta terça-feira (20), a usina de Belo Monte. A informação é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O outro consórcio que concorreu foi o Belo Monte Energia, formado pela construtora Andrade Gutierrez, pela Vale, pela Neoenergia. Nesse grupo, estavam ainda duas subsidiárias da Eletrobras: Furnas e Eletrosul.

O leilão foi conduzido com base no menor preço oferecido pela energia elétrica da usina. Deste modo, quem ofertasse o menor lance, pelo preço a ser cobrado, ganharia o direito de construir e, posteriormente, vender a energia elétrica de Belo Monte. O preço máximo definido pelo Ministério de Minas e Energia foi de R$ 83 por megawwatt hora. O consórcio vencedor se comprometeu com o preço de R$ 77,97 por megawatt hora. O deságio foi de 6,02%.

Belo Monte
Localizada no rio Xingu, no município de Vitória do Xingu (PA), Belo Monte será a segunda maior usina do Brasil, atrás apenas da binacional Itaipu, e custará pelo menos R$ 19 bilhões, segundo o governo federal. Há especulações, porém, de que a obra poderia custar até R$ 30 bilhões. O governo, porém, está oferecendo benefícios fiscais (desconto de 75% no pagamento do IR) aos compradores, além de empréstimo (80% da obra será financiada pelo BNDES).

Trata-se da segunda maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras do governo Lula. O prazo máximo para início da geração da primeira unidade é em fevereiro de 2015. A data limite para entrada em operação da ultima máquina é em janeiro de 2019.

Imbróglio na Justiça e manifestações
O processo só pôde ir adiante após liberação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Desde a semana passada, o leilão é alvo de imbróglio jurídico. O Ministério Público Federal do Pará entrou com duas ações civis públicas na tentativa de barrar a disputa.

Aneel encerra leilão de Belo Monte, mas não anuncia vencedor

Durou menos de dez minutos o leilão da hidrelétrica de Belo Monte, realizado nesta terça-feira (20) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Depois de um imbróglio jurídico, o leilão começou às 13h20. O vencedor, no entanto, ainda não foi anunciado.

Dois consórcios se inscreveram para o leilão. Um deles, chamado Norte Energia, tem participação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras, da Construtora Queiroz Galvão, da Galvão Engenharia e de outras seis empresas.

O segundo consórcio, chamado Belo Monte Energia, tem a construtora Andrade Gutierrez, a Vale, a Neoenergia. Nesse grupo estão duas subsidiárias da Eletrobras: Furnas e Eletrosul.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Justiça suspende leilão e licença de Belo Monte


Do UOL Notícias
Em São Paulo

A Justiça Federal determinou hoje a suspensão da licença prévia da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e o cancelamento do leilão, marcado para a próxima terça (20). A liminar foi concedida pelo juiz Antonio Carlos de Almeida Campelo em ação civil pública do Ministério Público Federal.

Segundo o juiz, há “perigo de dano irreparável” se comprovado que já há irregularidades na licitação, como alega o MPF. “Resta provado, de forma inequívoca, que o AHE Belo Monte explorará potencial de energia hidráulica em áreas ocupadas por indígenas que serão diretamente afetadas pela construção e desenvolvimento do projeto”, diz o juiz na decisão.

Além de suspender a licença prévia e cancelar o leilão, o juiz ordenou que o Ibama se abstenha de emitir nova licença, que a Aneel se abstenha de fazer novo edital e que sejam notificados o BNDES e as empresas Norberto Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Vale do Rio Doce, J Malucelli Seguradora, Fator Seguradora e a UBF Seguros.

A notificação, diz o juiz, é “para que tomem ciência de que, enquanto não for julgado o mérito da presente demanda, poderão responder por crime ambiental”. As empresas também ficam sujeitas à mesma multa arbitrada contra a Aneel e o Ibama em caso de descumprimento da decisão: R$ 1 milhão, a ser revertido para os povos indígenas afetados.

O MPF aguarda ainda julgamento de outro processo, da semana passada, em que questiona irregularidades ambientais na licença concedida a Belo Monte.

Belo Monte está planejada para ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, com 11,2 mil megawatts de potência instalada, com garantia física de 4.571 megawatts médios. O projeto enfrentou por décadas resistência de populações indígenas e de ambientalistas, que condenam o empreendimento. A expectativa é que a usina entre em operação em 2015 (1ª fase) e 2019 (2ª fase).


terça-feira, 6 de abril de 2010

Insight Econômico, por Pedro Paulo Bramont, Dr.

Período pré-eleitoral, BC e a dívida pública!


Foi dada a largada para a corrida eleitoral - os principais candidatos saíram de seus cargos públicos.

Essa eleição vai ser duríssima e entrará para a História!

A manutenção do atual presidente do Banco Central, nesse período pré-eleitoral, é extremamente importante para o mercado: sinaliza que não haverá mudanças no status quo na conjuntura econômica.

Uma preocupação permanece: o nível, o perfil e a tendência do comportamento da dívida pública.

Todos os planos econômicos passados foram lançados para resolver (ou pelo menos diminuir) a dívida pública!

Mas isso será problema pro próximo governo resolver..............e o povo pagar! ´