segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Economia das Mudanças do Clima no Brasil

O Brasil corre o risco de ter uma perda na economia de R$ 719 bilhões a R$ 3,6 trilhões em 2050, caso nada seja feito para reverter os impactos das mudanças climáticas. As regiões mais vulneráveis à mudança do clima no Brasil são a Amazônia e o Nordeste, com possíveis perdas expressivas para a agricultura em quase todos os estados. Além disso, a previsão é de uma menor a confiabilidade no sistema de geração de energia hidrelétrica, com redução de 31,5% a 29,3% da energia firme. Estes são alguns dos resultados do estudo Economia das Mudanças do Clima no Brasil (EMCB), que analisa e quantifica o impacto da mudança do clima na agenda de desenvolvimento do país. Lançado ontem em Brasília e no Rio, o estudo teve a coordenação geral do professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Jacques Marcovitch, e a coordenação técnica de Sérgio Margulis e Carolina Dubeux. Outros resultados e dados sobre o estudo estão disponíveis no resumo executivo, anexo, e tambem no www.economiadoclima.org.br, onde podem ser acessadas informações detalhadas sobre essa iniciativa. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (Economia Do Clima - 27.11.2009)


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Campinas vai produzir turbina eólica


Campinas vai produzir turbina eólica

Unidade da GE localizada no bairro Boa Vista será a 1ª da empresa a fabricar o equipamento

Sheila Vieira
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
sheila@rac.com.br

A planta da GE em Campinas será a primeira unidade da empresa a fabricar turbinas eólicas a partir de 2010. A unidade produzirá aerogeradores de 1,5MW. A companhia, que é a segunda maior fabricante do equipamento no mundo, investiu mais de R$ 145 milhões no segmento no Brasil. Em 2008, a empresa como um todo faturou US$ 3,3 bilhões no mercado nacional, crescimento de 45% em relação ao mesmo período de 2007.

Embora sem data definida para ser iniciada, a nova linha de turbinas deve ser inaugurada no início do próximo ano. Para comportar a nova divisão, a fábrica em Campinas, que funciona desde 1961 em uma área de 66 mil metros quadrados no bairro Boa Vista, será ampliada e terá uma área adicional para as linhas de geradores, motores elétricos e serviços industriais, onde trabalham 1,4 mil funcionários. Mas tudo vai depender da demanda gerada pelo mercado, explica o diretor de Marketing da GE Energy para a América Latina, Marcelo Prado.

“A capacidade da unidade de Campinas em relação à fabricação de turbinas eólicas está atrelada à demanda que sairá por equipamentos do leilão de energia eólica que será realizado em dezembro”, disse. Só após o leilão a GE vai começar a se preparar para a fabricação das turbinas e deverá produzir, localmente, 60% de todo o equipamento necessário para a instalação de uma planta de captação de energia eólica. O diretor de marketing disse que ainda é cedo para estimar o impacto da produção local no preço final da usina de captação, o que depende de volume de produção. “No momento, com um único leilão de eólica programado, não podemos comentar com segurança se vai ser mais caro, igual ou mais barato”, avalia.

Segundo o Banco de Informações de Geração (BIG), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em novembro de 2008 estavam em operação no País 17 usinas eólicas, com capacidade instalada de 273 MW. Em 2007, a oferta interna de energia eólica aumentou de 236 GWh para 559 GWh, uma variação de 136,9%. No final do ano passado, o BIG da Aneel registrava a existência de 22 projetos em construção a partir da energia eólica, com potência total de 463 MW. Além deles, outros 50, com potência total de 2,4 mil MW, estavam registrados como outorgados, porém sem que as obras tivessem sido iniciadas.

A primeira turbina eólica instalada no País — em 1992, no Arquipélago de Fernando de Noronha — possuía gerador com potência de 75 kW, rotor de 17 metros de diâmetro e torre de 23 metros de altura. Hoje, as torres têm cem metros, quatro vezes mais. Conforme o Atlas de Energia Elétrica no Brasil, estudo feito pela Aneel, a taxa de crescimento médio anual da capacidade de energia eólica é 25%, perdendo para biodisel com 40% e solar com 60%. Em 2006, o conjunto composto por solar, eólica, geotérmica, combustíveis renováveis e lixo produziu apenas 435 TWh (terawatts-hora) de uma oferta total de 18.930 TWh no País.

Potencial

De acordo com o CEO da GE Energy Infrastructure, John Krenicki, o Brasil possui potencial para ser exportador dessa tecnologia para a América Latina. A companhia informou que investiu mais de R$ 145 milhões em treinamento, capacitação de engenheiros, postos de testes e desenvolvimento de novas pás eólicas nos seus parceiros fornecedores de equipamentos e componentes no Brasil. Atualmente, o principal fornecedor de pás eólicas da GE no Brasil é a Tecsis (a empresa forneceu mais de R$ 3 bilhões em pás eólicas). A fábrica da Tecsis, localizada em Sorocaba (SP), tem cerca de 5 mil funcionários, sendo 3 mil exclusivamente para a produção de equipamentos destinados à GE.

“A companhia continuará investindo na transferência da tecnologia de fabricação de aerogeradores para o Brasil, o que dará suporte à diversificação da matriz energética brasileira e ao leilão de energia eólica, que será realizado no mês de dezembro”, afirmou Rafael Santana, presidente e CEO da GE Energy para a América Latina. (Com informações da agência CanalEnergia, Negócios e Empresas)

O NÚMERO

25º
LUGAR

É a posição global do Brasil, com 0,3% do total de energia eólica produzida no Mundo. A Alemanha lidera o ranking com a geração de 23,7%

SAIBA MAIS

A energia eólica é obtida da energia cinética (do movimento) gerada pela migração das massas de ar provocada pelas diferenças de temperatura existentes na superfície do planeta. A geração eólica ocorre pelo contato do vento com as pás do cata-vento, elementos integrantes da usina, informa o Atlas de Energia Elétrica no Brasil. A evolução da tecnologia permitiu o desenvolvimento em regiões com maior potencial medido. O Nordeste, principalmente no litoral, com 75 GW, lidera a produção nacional, seguido pelo Sudeste, particularmente no Vale do Jequitinhonha, com 29,7 GW, e Sul, com 22,8 GW, região onde está instalado o maior parque eólico do País, o de Osório, no Rio Grande do Sul, com 150 MW de potência. Os parques eólicos Osório, Sangradouro e dos Índios, que compõem o empreendimento de Osório, possuem juntos 75 turbinas com potência de 2 MW cada, o que totaliza os 150 MW. São turbinas de 70 metros de diâmetro e posicionadas a cem metros de altura.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pane tem natureza muito diferente do apagão de 2001

Reproduzo abaixo artigo dos professores Nivalde de Castro e Roberto Brandão publicado na Folha de São Paulo no dia 12 de novembro de 2009.


Pane tem natureza muito diferente do apagão de 2001

NIVALDE J. CASTRO
ROBERTO BRANDÃO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O grande blecaute de anteontem reacendeu no imaginário popular o fantasma do apagão. Tudo o que dá errado no Brasil em termos de infraestrutura é chamado de apagão. Fala-se de apagão aéreo, de apagão logístico, de apagão rodoviário. Mas o apagão original, aquele que popularizou o termo, foi o racionamento de energia de 2001.
O que houve na última terça, por mais impressionante que tenha sido pela extensão da área geográfica afetada, foi um evento de natureza muito diferente do apagão de 2001.
Naquele ano, o Brasil vinha de um longo período de baixos investimentos em geração e transmissão de energia elétrica. O índice de chuvas foi abaixo da média, e o sistema elétrico, que trabalhava sem a folga adequada, não teve como abastecer o país.
Hoje, a situação do setor elétrico é outra. Houve uma recuperação dos investimentos no setor, sobretudo em linhas de transmissão, mas também em geração termoelétrica e hídrica. Além disso, este tem sido um ano muito úmido, trazendo farta disponibilidade nos reservatórios das hidroelétricas.
Outro aspecto importante foi a crise econômica, que reduziu o consumo de energia elétrica, de modo tal que hoje temos uma carga menor do que havia sido antecipado.
Mas se tudo está tão bem com a geração e a transmissão de energia, como pôde ocorrer um blecaute como o de terça?
Ora, um blecaute, isto é, uma falha geral no sistema de transmissão, é um evento improvável, mas que pode acontecer. É um pouco como morrer fulminado por um raio: é difícil de ocorrer, mas não é impossível.
Anteontem, houve um desligamento simultâneo de três linhas de transmissão de 750 kV de Itaipu, cuja causa precisa ainda está sendo investigada. O sistema elétrico simplesmente não é capaz de resistir a um evento como esse.
Se considerarmos a lógica do planejamento e da operação do sistema de transmissão, entendemos que a perda de dois equipamentos de um mesmo circuito pode até ser contornada; mas a perda de três aparelhos com a mesma função sempre resulta em um blecaute.
A dimensão do blecaute é explicada pela importância do circuito atingido: o sistema de transmissão de Itaipu, o maior do país.

_______________________________________________________________________________________
NIVALDE J. CASTRO é coordenador do Gesel (Grupo de Estudos do Setor Elétrico) da UFRJ
ROBERTO BRANDÃO é pesquisador sênior do Gesel


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apagão dia 10/11/2009

Só posso afirmar que há muita insanidade na mídia sobre o apagão. De repente, todos os jornalistas se tornam especialistas em energia elétrica.


http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1374813-5598,00-MINISTERIO+DE+MINAS+E+ENERGIA+DIZ+QUE+APAGAO+ATINGIU+ESTADOS+BRASILEIROS.html

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Tirania do Petróleo

Recomendo fortemente a leitura do livro "A tirania do petróleo" de Antonia Juhasz. Neste livro, a autora mostra que a história da indústria do petróleo, "desde sua concepção até os dias atuais, é marcada por práticas anticompetitivas, antidemocráticas e social, econômica e politicamente destrutivas". A autora mostra também que as petrolíferas, em especial as chamadas sete irmãs, sempre buscaram práticas de captura dos governos. Entre as estratégias utilizadas pelas empresas está o constante financiamento da campanha de políticos defensores das empresas.
A autora mostra também que, apesar de as sete irmãs terem perdido poder com o surgimento do cartel dos países produtores, a OPEP, atualmente elas, que hoje são quatro, dominam o processo de formação de preço do petróleo por meio de operações no mercado futuro.
Em suma, mesmo nos EUA, há políticos discutindo a possibilidade de um bem tão estratégico como petróleo se tornar estatal. Afinal, energia é um bem político.

Em um post anterior, reproduzi um discurso do presidente americano sobre novos investimentos em energias renováveis. Em certo momento, o presidente diz que uma pesquisa do pentágono mostra o quão perigoso é depender de insumos fósseis importados. Logo, a saída é o investimento em energias renováveis, ou seja, o remédio caseiro.

Aqui no Brasil temos um futuro energético de dar inveja a qualquer outro país. Temos o pré-sal, o que nos dá uma imensa vantagem competitiva em relação ao mercado internacional de petróleo e gás. E, temos uma diversidade grande de recursos renováveis (água, biomassa, ventos, sol), que nos permitirá, no futuro, ter segurança energética com insumos energéticos renováveis.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Aquecimento Global

Ainda há aqueles que teimam em afirmar que a ação humana não tem contribuído para o aumento da temperatura média do planeta. O artigo reproduzido abaixo mostra um estudo estatístico refutando a ideia do 'esfriamento global'. Vale a pena ler.

ALeqM5jZp13r9CWRrfAxxMPf2uQX1M-JjQ.jpg


AP IMPACT: Statisticians reject global cooling

WASHINGTON — Have you heard that the world is now cooling instead of warming? You may have seen some news reports on the Internet or heard about it from a provocative new book. Only one problem: It's not true, according to an analysis of the numbers done by several independent statisticians for The Associated Press.

The case that the Earth might be cooling partly stems from recent weather. Last year was cooler than previous years. It's been a while since the super-hot years of 1998 and 2005. So is this a longer climate trend or just weather's normal ups and downs?

In a blind test, the AP gave temperature data to four independent statisticians and asked them to look for trends, without telling them what the numbers represented. The experts found no true temperature declines over time.

"If you look at the data and sort of cherry-pick a micro-trend within a bigger trend, that technique is particularly suspect," said John Grego, a professor of statistics at the University of South Carolina.

Yet the idea that things are cooling has been repeated in opinion columns, a BBC news story posted on the Drudge Report and in a new book by the authors of the best-seller "Freakonomics." Last week, a poll by the Pew Research Center found that only 57 percent of Americans now believe there is strong scientific evidence for global warming, down from 77 percent in 2006.

Global warming skeptics base their claims on an unusually hot year in 1998. Since then, they say, temperatures have dropped — thus, a cooling trend. But it's not that simple.

Since 1998, temperatures have dipped, soared, fallen again and are now rising once more. Records kept by the British meteorological office and satellite data used by climate skeptics still show 1998 as the hottest year. However, data from the National Oceanic and Atmospheric Administration and NASA show 2005 has topped 1998. Published peer-reviewed scientific research generally cites temperatures measured by ground sensors, which are from NOAA, NASA and the British, more than the satellite data.

The recent Internet chatter about cooling led NOAA's climate data center to re-examine its temperature data. It found no cooling trend.

"The last 10 years are the warmest 10-year period of the modern record," said NOAA climate monitoring chief Deke Arndt. "Even if you analyze the trend during that 10 years, the trend is actually positive, which means warming."

The AP sent expert statisticians NOAA's year-to-year ground temperature changes over 130 years and the 30 years of satellite-measured temperatures preferred by skeptics and gathered by scientists at the University of Alabama in Huntsville.

Statisticians who analyzed the data found a distinct decades-long upward trend in the numbers, but could not find a significant drop in the past 10 years in either data set. The ups and downs during the last decade repeat random variability in data as far back as 1880.

Saying there's a downward trend since 1998 is not scientifically legitimate, said David Peterson, a retired Duke University statistics professor and one of those analyzing the numbers.

Identifying a downward trend is a case of "people coming at the data with preconceived notions," said Peterson, author of the book "Why Did They Do That? An Introduction to Forensic Decision Analysis."

One prominent skeptic said that to find the cooling trend, the 30 years of satellite temperatures must be used. The satellite data tends to be cooler than the ground data. And key is making sure 1998 is part of the trend, he added.

It's what happens within the past 10 years or so, not the overall average, that counts, contends Don Easterbrook, a Western Washington University geology professor and global warming skeptic.

"I don't argue with you that the 10-year average for the past 10 years is higher than the previous 10 years," said Easterbrook, who has self-published some of his research. "We started the cooling trend after 1998. You're going to get a different line depending on which year you choose.

"Should not the actual temperature be higher now than it was in 1998?" Easterbrook asked. "We can play the numbers games."

That's the problem, some of the statisticians said.

Grego produced three charts to show how choosing a starting date can alter perceptions. Using the skeptics' satellite data beginning in 1998, there is a "mild downward trend," he said. But doing that is "deceptive."

The trend disappears if the analysis starts in 1997. And it trends upward if you begin in 1999, he said.

Apart from the conflicting data analyses is the eyebrow-raising new book title from Steven D. Levitt and Stephen J. Dubner, "Super Freakonomics: Global Cooling, Patriotic Prostitutes and Why Suicide Bombers Should Buy Life Insurance."

A line in the book says: "Then there's this little-discussed fact about global warming: While the drumbeat of doom has grown louder over the past several years, the average global temperature during that time has in fact decreased."

That led to a sharp rebuke from the Union of Concerned Scientists, which said the book mischaracterizes climate science with "distorted statistics."

Levitt, a University of Chicago economist, said he does not believe there is a cooling trend. He said the line was just an attempt to note the irony of a cool couple of years at a time of intense discussion of global warming. Levitt said he did not do any statistical analysis of temperatures, but "eyeballed" the numbers and noticed 2005 was hotter than the last couple of years. Levitt said the "cooling" reference in the book title refers more to ideas about trying to cool the Earth artificially.

Statisticians say that in sizing up climate change, it's important to look at moving averages of about 10 years. They compare the average of 1999-2008 to the average of 2000-2009. In all data sets, 10-year moving averages have been higher in the last five years than in any previous years.

"To talk about global cooling at the end of the hottest decade the planet has experienced in many thousands of years is ridiculous," said Ken Caldeira, a climate scientist at the Carnegie Institution at Stanford.

Ben Santer, a climate scientist at the Department of Energy's Lawrence Livermore National Lab, called it "a concerted strategy to obfuscate and generate confusion in the minds of the public and policymakers" ahead of international climate talks in December in Copenhagen.

President Barack Obama weighed in on the topic Friday at MIT. He said some opponents "make cynical claims that contradict the overwhelming scientific evidence when it comes to climate change — claims whose only purpose is to defeat or delay the change that we know is necessary."

Earlier this year, climate scientists in two peer-reviewed publications statistically analyzed recent years' temperatures against claims of cooling and found them not valid.

Not all skeptical scientists make the flat-out cooling argument.

"It pretty much depends on when you start," wrote John Christy, the Alabama atmospheric scientist who collects the satellite data that skeptics use. He said in an e-mail that looking back 31 years, temperatures have gone up nearly three-quarters of a degree Fahrenheit (four-tenths of a degree Celsius). The last dozen years have been flat, and temperatures over the last eight years have declined a bit, he wrote.

Oceans, which take longer to heat up and longer to cool, greatly influence short-term weather, causing temperatures to rise and fall temporarily on top of the overall steady warming trend, scientists say. The biggest example of that is El Nino.

El Nino, a temporary warming of part of the Pacific Ocean, usually spikes global temperatures, scientists say. The two recent warm years, both 1998 and 2005, were El Nino years. The flip side of El Nino is La Nina, which lowers temperatures. A La Nina bloomed last year and temperatures slipped a bit, but 2008 was still the ninth hottest in 130 years of NOAA records.

Of the 10 hottest years recorded by NOAA, eight have occurred since 2000, and after this year it will be nine because this year is on track to be the sixth-warmest on record.

The current El Nino is forecast to get stronger, probably pushing global temperatures even higher next year, scientists say. NASA climate scientist Gavin Schmidt predicts 2010 may break a record, so a cooling trend "will be never talked about again."