segunda-feira, 13 de julho de 2009

O caso CELESC

Neste domingo 11/07/2009, o diário catarinense (http://www.diario.com.br/) troxe reportagem sobre o caso Celesc. Na semana passada, após críticas do maior acionista privado da empresa, o presidente Pinho Moreira pediu demissão do cargo. Após a críticas à administração da empresa, o acionista, por fim, recomenda que os acionistas privados passem a administrar a empresa.
Na década de 1990, a privatização das empresas públicas do setor elétrico era vista como uma panacéia que resolveria todos (ou os principais) os problemas das empresas públicas, especialmente administração e investimentos em expansão. As crises no setor elétrico - 2001 no Brasil e na Califórnia, por exemplo - mostram que o mercado não é, per se, um ótimo alocador de recursos no setor elétrico. Ao se analisar brevemente as políticas atuais dos países mais ricos, vemos que na União Europeia, há a formação das National Champions, que são empresas, quer públicas ou privadas, que contam com apoio do Estado. A principal razão para isso é reduzir a dependência de insumos energéticos e possibilitar investimentos em energias renováveis.
Já no caso americano, desde sua campanha, o presidente Obama afirmava que sua política é que em 10 anos, os EUA tenham 25% de sua energia gerada a partir de fontes renováveis. Em suma, nem nos EUA nem na União Europeia, fala-se em privatizações ou deixar o problema do setor elétrico a cargo do mercado.
Ao contrário da agenda da década passada, reconhece-se que, sendo energia ativo vital para o crescimento e desenvolvimento sócio-econômico das nações, a solução para o setor passa pela relação convergente entre Estado e empresas. Logo, a solução para o caso Celesc certamente não passa pela via fácil da privatização. Uma solução terá que ser encontrada pelo governo de SC, seu maior acionista.

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