terça-feira, 16 de junho de 2009

O futuro do carvão e a tendência da matriz elétrica mundial

O mundo vive claramente um novo momento, no qual há maior espaço para o debate sobre as energias renováveis. Recentemente No que tange à matriz energética mundial, gostaríamos de ver mudanças no sentido da expansão do sistema baseada em fontes renováveis. Porém, algumas tendências sugerem o contrário.
Atualmente, no planeta, o carvão é o insumo mais abundante para a produção de energia elétrica, portanto, é a matéria-prima principal em muitos países, como China (com 80% do total), por exemplo. Na União Europeia e nos EUA, o carvão participa com 19% e 31,22% da matriz de eletricidade, respectivamente. Como se sabe, o carvão é um dos principais elementos que contribuem para o aumento das concentrações de CO2 na atmosfera.

A figura a seguir, cuja fonte é a Agência Internacional de Energia (IEA), mostra as projeções para a matriz elétrica mundial em 2030 em comparação com a matriz em 2004. Note-se que a projeção indica, infelizmente, uma tendência de aumento da participação do carvão – de 50% para 53% - na matriz elétrica global.

Se há uma boa notícia, a partir do exame da figura, é o aumento da participação das fontes renováveis na matriz, porém, de forma tímida, se considerarmos o hiato temporal da análise. É, então, decisivo que se diminua radicalmente a utilização de carvão, porém, tal diminuição só ocorrerá a partir de políticas mais intensas de apoio às fontes renováveis, especialmente no que tange aos investimentos em expansão. Ou seja, somente por meio da hierarquização de políticas, com ênfase nas questões ambientias, será possível dar respostas positivas a uma crescente comunidade que visa reduzir os impactos ambientais causados pela atividade humana.

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